segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Linhas de transmissão do futuro: Dançando com a Natureza


Telma Monteiro

HDA criou uma nova tecnologia de construção para torres de transmissão que foi usada pela primeira vez na Passarela Olímpica de Turim, Italia. O projeto chamado de Dancing with Nature foi resultado de um concurso de desenho para torres de transmissão de energia de alta voltagem que além da preocupação estética deveria ter qualidade técnica e um mínimo impacto visual no meio ambiente.

A proposta vencedora foi inspirada na natureza para derrubar esse visual agressivo das grandes e assustadoras estruturas de ferro das atuais torres de transmissão.  O desafio da competição estava na contradição de usar uma estrutura artificial para representar a natureza e criar um símbolo tecnológico de compatibilidade e simbiose do homem com o ambiente.

A inspiração se deu a partir da observação de brotos de uma árvore jovem que têm flexibilidade para suportar tensão provocada pelos ventos.  As superfícies triangulares da "torre" têm uma força elástica e refletem luz com elegância e sombra mínima. A forma e a tensão dos cabos respondem individualmente às forças naturais e criam uma ilusão de "dança" na paisagem.

A concepção de  Hugh Dutton, para torres de transmissão de energia,  venceu o concurso em dezembro de 2009. Fonte: Arch Daily (matéria original em inglês)

6 comentários:

  1. Estou aproveitando o momento artístico para refletir como serão os corredores exclusivos de mais 3000 kms que transportarão grandes blocos de potência que permitirão manter cheios os reservatórios do Sudeste e Nordeste enquanto não chegam as chuvas de verão: até quando vão deixar de dar ouvidos aos excelentes técnicos brasileiros?
    aproveito tambem para relatar a triste comédia que foi
    o resultado do Leilão A-5 de energia de reserva?
    Faz lembrar Alice no país dos espelhos de Lews Carol. Quando o palhaço Humpty-dumpty exclama com ar de espanto: “competição boba esta, ao final todos chegaram juntos e quem vai receber os prêmios?” os lances diferem por questão de centavos em relação às 4 última hidroelétricas recém licitadas na Amazônia. Muita palha e pouco grão. E o quê aconteceu com as duzentas e tanto que ficaram de fora? Vão ficar “lambendo o beiço” até o próximo leilão? Também, pudera! Com tanta usina de vento jogando buzzo (encalhadas) na Europa paralisada, esperava-se coisa melhor. Surpresa: ganharam as que tinham de ganhar, todas ali, juntinhas ao grane sistema, em Natal,Cceará e Baia, Saibam que por aqui em Minas pagamos 6 vezes mais ou seja 60 R$/kWhora.
    O que será que foi feito do dinheiro da inscrição? Parece com o caça-níquel das inscrições de vestibulares. Que feio!!!

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  2. UMA QUESTÃO DE CONTEXTO
    Não faz o menor sentido comparar as diversas formas de energia sem levar em conta o contexto temporal e geográfico em que estas estarão inseridas em um sistema exitoso e há muito tempo em andamento.
    É pueril e acadêmico comparar fontes distintas num mesmo certame, cada uma com suas peculiaridades. No leilão do dia 20 mais uma vez venceram as que tinham mesmo que vencer, cujos lances converge para o mesmo valor em torno de 100 R$/Mwhora, próximos do valor das 4 últimas hidroelétricas, cujo preço ainda vai sofrer alterações em face das compensações ambientais. O leilão A – 5 comprova o mesmo resultado do anterior A – 3, com a surpresa da enorme quantidade de usinas eólicas ofertadas para o Nordeste e Sul: um festival de usinas de vento encalhada na Europa em crise. Mais uma vez, a lamentar a ausência de térmicas a gás, sujeitas ao monopólio do fornecimento de gás da Petrobras. Poucas hidroelétricas, tendo em vista a enorme quantidade de energia elétrica sem demanda até 2015, segundo o próprio ‘NOS’.

    CONTEXTO TEMPORAL
    Não tem lógica comparar hidroelétricas em contextos temporais e geográficos diferentes. 60 anos separam a construção de Belo Monte da hidroelétrica de Furnas e, pelo menos 40 de Itaipu. Furnas iniciou o projeto do que viria ser o sistema elétrico brasileiro. Belo Monte já pegou “o bonde andando”.
    O reservatório de Furnas alaga cerca de 3 vezes mais do que o de Belo monte (1440 km²) e atinge 34 municípios. Operando apenas 18 metros da altura útil do reservatório consegue armazenar cerca de 15 bilhões de m³ na altitude de 800 m, beneficiando uma dezena de usinas a jusante, inclusive Itaipu.
    É claro que hidroelétricas de fluxo d’água ou de vento, de biomassa podem ser classificadas na mesma categoria de usinas intensivas em capital, enquanto térmicas a gás e outros combustíveis fósseis são intensivas em custos correntes por dependerem de combustíveis ainda em falta como o gás. As 1ªs requerem redes elétricas (condutores físicos trifásicas e estruturas, enquanto as 2ªs dependem de uma rede unifilar para o transporte da energia potencial química contida no combustível (gasodutos) em fase de implantação.
    O que não se compreende é o imobilismo do governo que continua prisioneiro de um fantasma diante da decisão de conciliar as duas faces de um mesmo problema: conciliar desenvolvimento com questões ambientais, perfeitamente conciliaveis. Outro é de permanecer por longo período preso à monocultura da eletricidade e da excessiva centralização do sistema elétrico em um sistema único.

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  3. ITAIPU VERSUS BELO MONTE
    O confronto seria inevitável: são comparáveis pelo porte como usinas de grandes vazões e grandes alturas, são usinas terminais de planície de baixa altitude, ambas de foz e de fio d’água. Em que pese as semelhanças, em outros aspectos, divergem completamente: Itaipu está em um sistema elétrico verdadeiramente integrado e projetada no contexto do século passado por vazão mínima (média do período crítico), com todas as implicações de superdimensionamento em termos de concentração de grandes blocos de energia e corredores exclusivos de transmissão, enquanto Belo Monte se situa na Região Amazônica, notoriamente pobre em termos de produção energética e integração, projetada para o século XXI por vazão máxima (média histórica), incapaz de constituir estoques de energia, pela exigüidade de seus reservatórios, tecnicamente impossíveis por definição.


    ALICE NO PAÍS DA MARAVILHAS
    E o resultado do Leilão A-5 de energia de reserva?
    Faz lembrar Alice no país dos espelhos de Lews Carol. Quando o palhaço Humpty-dumpty exclama com ar de espanto: “competição boba esta, ao final todos chegaram juntos e quem vai receber os prêmios?” os lances diferem por questão de centavos em relação às 4 última hidroelétricas recém licitadas na Amazônia. Muita palha e pouco grão. E o quê aconteceu com as duzentas e tanto que ficaram de fora? Vão ficar “lambendo o beiço” até o próximo leilão? Também, pudera! Com tanta usina de vento jogando buzzo (encalhadas) na Europa paralisada, esperava-se coisa melhor. Surpresa: ganharam as que tinham de ganhar, todas ali, juntinhas ao grane sistema, em Natal,Cceará e Baia, Saibam que por aqui em Minas pagamos 6 vezes mais ou seja 60 R$/kWhora.
    O que será que foi feito do dinheiro da inscrição? Parece com o caça-níquel das inscrições de vestibulares. Que feio!!!

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    Respostas
    1. Enquanto isso no leilão de libra do pré-sal:
      SEM CONCORRENTE NÃO HÁ VENCEDOR
      O governo sabia com antecedência do pequeno interesse das grandes petrolíferas, mas, para manter “a mística do Pré-sal”, decide aumentar a participação da Petrobras para 40% para atrair grandes petrolíferas para um arranjo de consórcio único. Paga mais no presente para receber menos no futuro distante. Se o preço do barri cair abaixo de 100 dólares – como muitos esperam – sempre haverá tempo para correção de rumo Depois de tantos anos sem leilão o adiamento seria visto como um fracasso. A surpresa foi a apresentação da proposta vencedora – apresentado nos últimos segundos – para evitar maiores dissabores: um arranjo pra ninguém botar defeito.
      Como afirma o palhaço em “Alice no País das maravilhas”:
      ‘Competição chata essa: todos chegaram juntos, quem vai receber as libras?’

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  4. UM LEILÃO LUZITANO O DE LIBRA
    Foi uma paródia do “leilão português”: quem paga menos leva(óleo). No caso o único consórcio vencedor, que esperou o último instante para ter certeza de não chegar outro.
    Quem mais perdeu foi o leiloeiro: a Petrobras teve que pagar mais 10% de bônus para as grandes empresas europeias – SHELL E TOTAL– fizessem a finesa de fazer parte do consórcio solitário. Ruim desse jeito até Stalin faria.
    A melhor maneira de explorar petróleo é a de Cuba: antes da queda do ‘muro’ extraía da URSS. Agora extrai da Venezuela. Quem sabe o Brasil substitua a Venezuela em dificuldades, com o presidente caindo de Maduro – a saber – da bicicleta. Por aqui, vale o ditado: “fazer sociedade com pobre é o mesmo que pedir esmola pra dois”.

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  5. EXPLORAÇÃO VIRTUAL DO PRÉ-SAL
    A melhor forma de “explorar” o Pré-sal é política – de longo prazo – como o governo agora está fazendo: deixado lá nas profundezas – livre de espionagem – até que o FED decida pela retirada dos estímulos à economia americana. Hoje, com excesso oportunidades do Pré-sal, Golfo do México, Shale gás, etc., a queda no preço do barril favorece a Petrobras na despesa com importação de combustíveis.

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