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Mostrando postagens de novembro, 2021

Amazônia – exploração histórica - Parte 1

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Imagem: Época Telma Monteiro Pensando bem, e olhando a história, ainda antes do descobrimento do Brasil, fica claro que a Amazônia sempre foi o alvo da cobiça de investidores, empresas e governos. E continua sendo. Não é preciso ir muito longe nas pesquisas para descobrir como a Amazônia foi explorada desde que Cristóvão Colombo esteve pela segunda vez no Novo Mundo, entre 1493 e 1495. Daí para a exploração da borracha, despois da descoberta da vulcanização, em meados do século XIX, foi um verdadeiro festival de ideias para “integrar” ou “povoar” ou “saquear” a Amazônia. Nenhuma novidade, já que, atualmente, o objetivo continua sendo o mesmo. Para nossa surpresa, em pleno século XXI, em Glasgow, na COP 26, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, soltou a seguinte pérola: “onde tem floresta tem miséria”. Boa, essa! Foi a cereja do bolo da ignorância que pairou como uma nuvem negra sobre a enorme delegação brasileira na COP 26. Glasgow ficou mais acinzentada. O festival de be

Mineração e desmatamento na Amazônia: consequências de uma política de destruição e o exemplo da mineradora Belo Sun

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Imagem apresentação Belo Sun Telma Monteiro O projeto Volta Grande, nome da mina da Belo Sun Mining, pretende retirar 76 t de ouro em 10 anos. A Belo Sun tem 74 quilômetros quadrados ou 74 mil ha de área já reservados, no DNPM, para minerar ouro na Volta Grande do Xingu. Essa área chega até os limites das terras indígenas Paquiçamba, Arara da Volta Grande e Ituna/Itatá, área de perambulação dos indígenas isolados. Está tramitando no Congresso o PL 191/2020 [1] para liberar mineração, exploração de hidrocarbonetos e recursos hídricos para geração de energia elétrica em Terras Indígenas (TIs). Um estudo conjunto da USP, UFMG e ISA estima que, se o projeto for aprovado, ele deverá impactar 23% da Amazônia. No período de 1994 a 2020 (em 26 anos) foram requeridos 2.113 pedidos de pesquisa de ouro em Terras Indígenas e Unidades de Conservação da Amazônia. Mas, só no período de 2010 a 2020 (últimos10 anos) foram 1.174 pedidos. A proposta do PL 191/2020, com trâmite prioritário, ameaça 86

Amazônia: projetos de destruição

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