Corona Crônicas - Crise de abstinência e conjecturas

Foto: Veja/Abril Por Telma Monteiro Bolsonaro é esse ser. Ser abjeto que se alimenta do sofrimento e se regozija com a dor. Admito. Estou com crise de abstinência. Não fui preparada para ficar em isolamento social. Sinto falta de estar com as pessoas, as que amo e as que cruzo pela vida, as que odeio porque são bolsonaristas e estão cegas, e as que não se manifestam para se resguardarem. Sinto falta dos amigos e a conversa virtual não me preenche. Não funciona comigo. Preciso tocar, olhar nos olhos, ver sorrisos e sorrir também, sem que exista uma câmera promovendo isso. Não quero me sentir em um filme de ficção em que todos parecem robôs por detrás da telinha. Observe como até na TV os apresentadores dos programas já parecem autômatos. Não aguento mais ver o Bom Dia Brasil. Meu coração se confrange com as informações sobre a COVID-19. Estou farta e cansada de sentir aquela dor da agonia quando os números aparecem e quando as imagens mostram pessoas desfilando sem másc